Fernando e Carlos são dois grandes amigos de trabalho. Trabalham em uma companhia de energia elétrica. Passam o dia fazendo reparações na rede das cidades de atuação da empresa. O dia inteiro ao ar livre.
Trabalham sempre alegres. O dia-a-dia deles, mesmo que correndo riscos, é uma festa. São responsáveis, competentes e de inteira confiança do patrão.
É para a dupla do ramal 512 que ligam quando o pepino é grande de se resolver. E eles são prestativos com todos os demais colegas, ajudando sempre que possível.
Fernando tem 42 anos, é casado, diga-se de passagem, muito bem casado. Mulher bonita, filhos educados, casa própria, carro. Vive como muitos sonham. É severo quando precisa, mas raramente é visto brabo.
Carlos é um gurizão, prestes há completar 23 anos, mora com os pais, gosta mesmo é de folia. Apesar de ser um jovem eletricista, muitos o vêem com um futuro promissor, brilhante. De inteligência impar, e bom caráter.
Os dois juntos é um êxtase total.
A caminho de atender alguma ocorrência, o que não falta naquele carro que cruza ruas, cautelosamente, é piada. Os dois são verdadeiros artistas do humor.
Mas tem outra coisa que não falta nunca. As cantadas a toda e qualquer mulher que passa na rua. Isso, eles sabem, é a única coisa que denigre a imagem deles.
Já haviam sido denunciados duas vezes por mulheres que não gostaram das gracinhas ouvidas. Porém, com a afirmação de que isso não voltaria a acontecer eram sempre perdoados pelo chefe.
Num fim de semana que estavam de plantão, foram chamados para arrumar uma rede que havia entrado em curto circuito.
A chamada era da cidade de Fernando, Nova Esperança. Era a primeira vez, em três anos que os dois trabalhavam juntos, que haviam sido chamados para prestar algum serviço por lá.
Na ida as mesmas coisa de sempre.
Quando chegaram na cidade a primeira garota que viu, Carlos se pendurou na janela.
- Uuuuaaaauuuu. Que avião. Gatinha, gostosa! Flertou ele para a moça.
E quase aos gritos disse a Fernando.
- Olha, olha-lá-que-coisa-mais-lindinha-aquela-guriazinha!
Fernando, que não deixa passar nada, quase se deitou por cima de Carlos.
Quando viu a tal guriazinha, empalideceu, murchou, emudeceu.
Esmurrou o volante e gritou:
- Seu tremendo filho da puta.
Era a filha de Fernando.
sábado, 22 de dezembro de 2007
colegas
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2 comentários:
Primeira!!!
Adorei essa história aí... nanana... homens homens, tem q se danar mesmo!!!! kkkkkkkkkkk
Eu tô com raiva dessa raça, tu sabe... hauahuaahuahauaa
Mas de ti não, aliás tu és um dos poucos que se salvam ainda...hehehehe
Amo-te
;*
Eu acho que tem outro motivo pra Lidi estar com raiva de toda espécie, exceto tu. [maldade]
Quem garante que sejas totalmente homem?
Do jeito que tu entende do universo feminino, enfim...
Brincadeira, sabes disso!
Parabéns! Tu tá a cada post melhor!
O nome dos personagens por exemplo, nada de Adoberval, isso já é muito...
Muahahahahahahahahahahaha!
Beijos, te cuida!
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