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Paulo Ricardo sempre foi um cara rico, gostava de uma farra, tinha tudo que queria. Mulheres bonitas, carros de luxo, casa na praia, viagens para o exterior, amigos e inimigos. O problema, agora, é que Paulo está ficando velho, com cabelos brancos, um pouco fora de forma, sem aquele gás de sempre. Continuava rico, mas não a ponto de ter tudo que sempre teve.
Poucos amigos lhe restaram, as mulheres não o queriam mais, teve que se desfazer de alguns bens. As baladas foram trocadas por pub’s no cair do dia. Essas coisas não abalaram em nada a vida de Paulo, a não ser o fato de não ter conseguido formar uma família.
Dono de uma refinaria de petróleo, era um respeitadíssimo empresário no Brasil inteiro, ia na empresa uma vez por semana, quase sempre nas sextas, para fazer festa com os funcionários. Quando ele chegava todos ficavam felizes, pois sabiam que seria dia de cervejada, rissoles, coisa e tal.
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Estava prestes há completar 78 anos, sentia, enfim, que estava chegando ao fim de sua vida. Planejou um mês antes sua festa de aniversário, queria ter um dia de luxo, como quando era mais moço.
Reservou suíte presidencial no melhor hotel do Rio de Janeiro à beira mar, encomendou champanhes importados, alugou uma limusine, e para findar sua lista, pediu o catalogo da maior empresa de acompanhantes da cidade. Solicitou as 5 melhores e consecutivamente as mais caras.
Se sentia como antes, revigorou seu espírito. Mas ao contrário de sempre fez tudo isso sem ninguém saber, não gostava mais de esbanjar sua soberba.
O grande dia chegou.
Era uma quarta-feira. Antes de sair de casa, recebeu algumas ligações de felicitações. A limusine já o esperava.
Chegou no hotel, recebeu as cinco prostitutas no saguão, aprovou todas e subiu para a suíte.
Fez sexo com todas, as cinco ao seu redor, maravilhosas. Tomou o champanhe que mais gostava. Estava se sentindo um rei.
***
Eram 7 horas da manhã quando Paulo Ricardo acordou. Quarta-feira, dia do seu aniversário.
Tudo era verdade, a não ser o sonho que teve naquela noite, quando planejou o seu aniversário de 78 anos.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
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3 comentários:
tenho preguiça de ler o texto agora
mas nunca tenho preguiça de dizer que te amo (trova baratinha ahááá)
mas tu sabe que é a real!
pudim-im-im! :)
saudadeeee!
beiJÔ
Adorei!!!
Lindo texto, fui lendo na maior expectativa pra saber o q ia acontecer e bah....hauahuahauahu
Tu és incrível mesmo!!!
Amo-te
;*
Esse texto me lembra uma frase...
"A gente só percebe o ar quando falta ou quando venta."
Aliás,frase que eu gosto muito.
Te cuida.^^
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