Caminhando pela rua, fiquei observando a ação de cada mulher que passava. Fiquei estonteante. Parei. Sentei no primeiro banco que vi. E continuei em estado de observação. Foram passando, passando, passando...
Todas tão diferentes. Todas uma só. E toda essa concentração foi se revertendo para um estado crítico. Crítico como todo homem é. A perfeição sumia cada vez que eu piscava. Mas sempre na próxima mulher que passava, a perfeição reinava novamente. E sumia e voltava e sumia e voltava.
Automático. Magnético.
Então, naquela fração de segundo (que na verdade foram horas), passaram, conforme ficaram registradas em minha retina, algumas dúzias de belas pernas, bundas e rostinhos de bonecas. Magras, gordas, lindas e feias.
E eu imóvel.
E é assim que um homem fica perante a mulher. E não vem com essa de: - eu não!
É natural. Somos meticulosos observadores. Babões, na verdade. E por isso, também, pensamos na representatividade de uma mulher em nossa vida. E o pensamento chega a conclusão daquela música – “e todos dizem que ele completa ela, e vice-versa, que nem feijão com arroz”.
Só que a valorização deles por elas é inferior, aos olhos delas. Sempre. Não há como mudar isso. E porque mudar? Aí começam os questionamentos. É um arsenal de perguntas. Por quê? Ninguém sabe. E para que saber?
Naquele instante reparei que uma mulher me observava, tal qual eu fazia com as outras que passavam.
Ela vestia o meu rosto, porém com traços femininos. Sobrancelhas franzida. Visualizando o nada. Taciturna. Visivelmente estava observando.
Então, é isso. É uma troca.
Porém a mulher é vaidosa e perspicaz. E isso a transforma em uma deusa. Seja como ela for. Será sempre deusa, aos olhos deles.
sábado, 7 de março de 2009
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4 comentários:
Amo e amo e amo!
Que bom que você voltou a escrever, senti falta dos teus textos!
o/
Bah!
.
belo post :)
gostei,
parabens:]
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