OS LADOS
As sessões da Câmara começaram a ficar boas. Aquela união inicial começou a dissipar e apenas um pequeno grupo permanece unido, como num casamento: “até que a morte nos separe”. Esse grupo é liderado pelos veteranos Dudu e Vira Mato, que são acompanhados de perto pelos vereadores Tomé, Toquinho e Django. Do outro lado estão Sonia Brites, Geada e Cláudio Hansen, que pouco tem voz por ser presidente. Rosani Morsch, divide-se ora para um lado, ora para o outro. Todos sempre com o mesmo discurso: pelo bem da comunidade (...). É disso que vive uma Câmara, da discórdia, afinal, se todos dissessem amém para tudo, não teria a mínima necessidade de ter vereador.
DIVIDIDOS
Essa divisão ou desunião, por mais que eles neguem, ficou evidente no discurso de Vira Mato e Sonia Brites, quando ambos defenderam coisas opostas. Vira Mato foi a favor da derrubada do veto e Sonia a favor de que veto fosse mantido. Para entender melhor: o prefeito vetou um projeto do vereador Dudu, que prevê alteração da lei que trata da isenção do pagamento do IPTU para aposentados que recebam até três salários mínimos e que tenham casa construída em área de até 90m². A lei previa o desconto para áreas até 70m². Ficou tudo muito confuso e sinceramente não sei quem está com a razão. Cada qual trouxe argumentos sólidos.
SEM CONDIÇÕES?
Porém uma coisa me chamou a atenção. A proposta visa dar desconto a aposentados que moram em área construída de 90m² e que recebam até R$ 1.395,00. A questão que fica é: recebendo esse valor (R$ 1,3 mil), será que o cidadão não tem condições de pagar, sei lá, R$ 200,00 de IPTU? Não sou contra beneficiar aqueles aposentados que recebam até um, dois salários mínimos. Mas dizer que quem ganha três salários mínimos não tem condições de pagar o imposto já é demais.
OS MURMÚRIOS
A sessão dessa semana voltou a ser como antes, ou seja, quase ninguém participou. Aí fica difícil querer cobrar alguma coisa depois. Pelo menos, as poucas pessoas que foram já fizeram valer seu direito e, por mais que não estejam certas das atitudes adotadas, já causaram uma “muvuca” e provocaram a ira de alguns vereadores. O que essas pessoas murmuraram? Frases do tipo “falta de respeito com a comunidade”, “vergonha!”. Tudo, claro, pela matéria publicada recentemente no Diário quanto ao gasto dos vereadores em diárias até o momento. Quer saber mais sobre as diárias? Leia abaixo.
BOM SENSO
Ontem foi lançado em plenário uma proposta legislativa assinada pelos vereadores Cláudio Hansen, Rosani Morsch, Sonia Brites e Geada, que propõem reduzir as diárias do Executivo e do Legislativo. Para que a matéria passe por votação, é necessária a assinatura de mais um vereador. Vamos ver se o bom senso sobressairá desta vez. A propósito, os vereadores que ainda não assinaram acham pouco o valor que ganham de diária? Por qual motivo não aceitam essa redução? Se estão aí para defender os interesses do povo, o façam desta vez, até porque a população está “por aqui” com essa imoralidade e gastança.
FAÇAM JUS
Disse a vereadora Rosani Morsch: “quero pedir para que nossos colegas conscientemente pensem e assinem também, para que a gente faça jus às palavras que usamos nesta tribuna”.
PROPOSTA
Aos vereadores que estão indecisos se assinam ou não, sugiro que faça uma pesquisa com seus eleitores, de quantos são a favor e quantos são contra as diárias. Aproveitem e apresentem aos eleitores quanto cada vereador ganha por diária e os valores gastos neste ano. Em cima dessa estatística tomem suas decisões. De sã consciência, sem medo de represálias.
MAIS UMA VEZ
Ah, o que aconteceu de bom lá? A liberação de verba para a compra de mais quatro caminhões e uma retroescavadeira. É leitor, infelizmente a coluna de hoje só falo sobre nossos legisladores. Há situações que não podem passar em branco.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
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